Fechamento da Universidade

Boa noite, caros alunos

Eu reuni todos aqui essa noite porque tenho um assunto muito sério a tratar com vocês.

Nossa Universidade corre o risco de fechar!!!

Eu recebi nesta tarde uma ordem de despejo. O banco ao qual está hipotecado o imóvel da nossa Universidade conseguiu uma ordem de despejo por falta de pagamento das nossas duplicatas que estão ainda a vencer em um ano. Apesar do prazo que temos, mas graças ao jogo de poder e influência eles conseguiram uma maneira de nos tirar daqui.

Não temos tempo, precisaríamos para reverter a situação pagar a primeira parcela até o final do mês, senão perderemos nossa Universidade.

Estamos falando de um negócio de milhares de dólares e infelizmente não temos o dinheiro pra cubrir para saldar a dívida.

*começa chorar em desespero*

Isso aqui era um sonho para mim, sonho que nasceu com o Sr. Vince Presley e hoje me sinto impotente diante dessa situação. Temos o prazo de 30 dias pra saírmos daqui… mas iremos pra onde?

Sei que como reitora eu deveria dar essas resposta, mas infelizmente eu não a tenho. Eu só posso dizer que sinto muito

Estão dispensados

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Off: interajam aqui, que serão encaminhados posterioremente

Sinto um aperto no estômago, sento na poltrona enquanto Matthew grita desesperado, tinha percebido que minha irmã andava tensa nos ultimos dias, mas não tinha idéia de a situação era tão grave. Me dá enjôo. Todos se levanto, alguns gritam palavras de ordem, olho pra Nic e ela sai derrotada do palco. Matt ainda exaltado fala em fazer algo "fazer o que?" era muito dinheiro, minha cabeça roda, era tanta coisa pra absorver em tão pouco tempo.

-Calma, Matt... isso é tão importante pra você quanto pra mim.... precisamos nos reunir, muitas cabeças pensam melhor do que uma.

Olho em volta e procuro o pessoa da república, tento acenar para os mais distantes, mas o caos estavam instaurado naquele auditório.

Fico parada,em choque. Tentando assimilar tudo que acabei de ouvir... Vejo Matt gritando inconformado,algo contra os Talentos. Com certeza havia uma historia por tras disso tudo que eu nao conhecia. "A universidade vai fechar" As palavras da Nicole,ecoavam na minha cabeça,e eu buscava alguns rostos conhecidos entre a multidao de alunos desesperados e raivosos. "Tenho que fazer alguma coisa,acabei de iniciar os estudos,nao posso achar outra Universidade agora. Nao melhor que essa... Lutei tanto pra entrar na Carpe Diem,pra acabar assim??"
Olho o Matt indo em direção a Gio e o acompanho.

-Matt,Gio. O que esta havendo? é verdade isso que a Nicole acabou de falar??? voces sabiam disso???  Desculpem,estou nervosa. Nao pode acabar assim...Concordo com o Matt que precisamos fazer algo.... Tentem reunir o maximo de pessoal que conseguir,e vamos pra casa pra conversar sobre isso... Vamos lutar,nao deixaremos que fechem a Uni e muito menos nossa casa...

Saio depressa e vou pro meio da confusao tentar achar mais alguem da nossa republica...

Já se passara semanas desde a ultima vez que vi Nicole. Ela estava animada com novos projetos e com o andamento da Universidade, dos novos alunos e de tudo. Mas essas semanas de silencio me preocuparam O que estaria acontecendo?
minhas respostas seriam dadas logo logo. Os alunos se amontoavam no salão para o pronunciamento da Reitora. A noticia do fechamento da Uni gerou milhares de conversinhas entre os presentes. Motivos eram imaginados. Devem ser os gastos desnecessários com festas... Devem ser os novos alunos... Deve.. deve... Ninguém sabia quem culpar.
Em meio a esse tumulto estava eu cercada de desconhecidos encostada numa pilastra como sempre ficava. Nicole fala de coisas que conhecia: Bancos, pagamentos e hipotecas. Os anos de presidência me fizeram entender esse mundo cruel dos negócios. Aprendi que com gente assim não se brinca. Só tinha um receio. De que meu pai estivesse de alguma forma envolvido nesse negócio. Ele cresceu na cidade, foi prefeito e conheceu gente dos dois lados. Nas negócios da família nada de errado nos livros. Mas aquele homem... era quente como o ártico quanto assunto era dinheiro. Quando assumi todos os negócios, inclusive as empreiteiras da cidade sabia o que me reservava. Solidão e inimigos. O tinha como um escudo. Assim fui crescendo e hoje quem o defende sou eu.
MAS espera ai... se a gente fizer isso... talvez ainda possamos salvar a Uni. Pensava sozinha até que um garoto tomou a palavra e fez meu sangue ferver. Insultava meus amigos e minha casa. O olhei de longeMatt... quem é esse menino para falar assim de pessoas que mal conhece? O que ele fez de importante? Só mais um querendo aparecer com discursos de ordem... Se tivesse num show de Punk iria fazer sucesso hehehehe Não podia ficar ali parada vendo ele fazer o que fazia, mas a multidão seguiu seu discurso e estava em desvantagem. Só podia fazer algo discreto. Me aproximei abrindo caminho na multidão até dar de cara com Corina.
OI MENINA!!!! olhe por onde anda   . Tu ouvistes a tragédia? Nossa quem seria capaz de fazer algo desse tipo e destruir tantos sonhos? Corina olhava de um lado para outro procurando algo Viu... acho que vi um pessoal que se parece com os tchecos. Eles estão lá perto da entrada. Me despedi de Corina e continuei meu caminho. Fiz questão de provocar o menino deixando cair uma moeda e um bilhete em seu bolso. No bilhete estava escrito "Pra ajudar a Universidade". Meu destino era a sala da reitora ou a biblioteca. Precisava saber quem estava envolvido e se eu teria problemas. Logo depois disso teria que ajeitar nossa casa e me preparar. Sentia uma certa tensão no ar e não queria que nenhum dos meus se machucasse. Eles não tinham culpa. Antes de sumir daquele ambiente hostil deixei minha revolta em palavras
SUJO É O PAI DOS TEUS FILHOS!!
E logo desapareci entre os presentes

Hugo ouvia o chamado geral dos alunos pro auditório. Lhe parecia uma situação incomum. Caminhou sozinho até o auditório, em meio à imensa horda de estudantes que faziam o mesmo. O auditório, lotado, tinha poucos lugares vazios. Procurou algum assento mais à margem, e se sentou. Aguardou um pouco e logo viu a reitora aparecendo, e dissipando o burburinho dos alunos, que especulavam a razão daquele chamado em cochichos. Ouviu as palavras da reitora, abalado. Olhava à sua volta, notando as reações dos outros alunos à notícia. Realmente era algo pesado, e o ambiente começava a se descontrolar com um grito alto do menino Matthew.

Nesse momento, Hugo já havia aproveitado de sua posição no auditório para se levantar imediatamente ao fim do anúncio. Desceu o auditório em direção ao púlpito e chegou ali antes mesmo da porta dos fundos, por onde a reitora saía, se fechasse. Se aproximou com calma da reitora, a vendo chorando ainda, nitidamente abalada. Colocou sua mão sobre o ombro dela, tentando oferecer apoio, antes de falar.

- Reitora... Vamos tentar sair dessa situação. Onde podemos conversar melhor sobre isso? Sabendo mais detalhes sobre essa dívida, ou sobre a situação da universidade no momento, posso garantir que poderei ajudar.

Vou até o auditório e vejo um alvoroço e entendo lhufas...

Ouço ao longe a reitora falar sobre fechamento mas nem entendo direito o motivo. Penso "ih cara, será que vou perder o ano? Bah, agora que a vida tava legal, vou ver se consigo ajudar em algo"....

Após ser agredido covardemente na rádio, vou para meu quarto que divido com aquele dependente inútil que me agrediu, deixo a porta destrancada e guardo uma surpresa debaixo do travesseiro caso nosso "amigo" resolva aparecer. No dia seguinte acordo e me vejo no espelho, meu nariz está quebrado, me recupero do surto de ódio, me arrumo e passo a andar pelo campus com uma "proteção extra" para o caso de eu encontrar John Withehouse, aquele dependente, temos muitas coisas para acertar e a cara dele é um dos meus principais alvos, vejo o comunicado que é para comparecer ao auditório e caminho até lá atento vasculhando rosto por rosto. Ao chegar no auditório logo começa o pronunciamento e após algumas interrupções o caos está formado, A universidade vai se fechar, todos se desesperam, uns discutem.

Pego meu celular e começo a planejar e pensar em algumas coisas, mas não tenho nenhuma idéia brilhante, vasculho alguns projetos que já fiz e em meio a alguns arquivos vejo um projeto esquecido... Leio os detalhes, faço uns cálculos e modifico algumas observações.

-Black Jacks, vamos nos reunir, tenho um plano mas preciso de todos vocês!

Ao ouvir o chamado da reitora, saí correndo do quarto e vou em direção ao auditório, vejo o pessoal nervoso, todos falavam alto e ouvi o Mathew chamando a minha república tão talentosa de sujos!
Não me aguento e grito loucamente:
- ôoo mauricinho Mathew! Quem é sujo aqui? Eu tomei banho hoje! (Dou uma cheirada no suvaco e mando aquele sinalzinho feio) Culpem os Blacks Jacks que gastam rios de fortuna em bebidas e festinhas! A República Ta Lento, sempre procurou ajudar a todos e criar projetos sociais e inovadores!
Olho para os meus colegas nervosa:
-Vamos agitar gente! Tenho certeza que vamos sair dessa e a universidade não irá fechar!!

Nana havia chegado na hora mas ficara em um cantinho, algo bem típico dela, era uma pessoa naturalmente quieta embora pudesse surpreender de vez em quando, apenas não gostava de meter-se em confusões. Ela ouviu o pronunciamento com atenção, sentindo um arrepio bem no pé da nuca com a palavra fechamento, já havia passado por isso uma vez. Era algum tipo de maldição que toda faculdade na qual entrava se fechava? Ela sacudiu a cabeça tentando tirar aqueles pensamentos da mente, para começo de conversa sequer acreditava naquele tipo de coisa.

Conseguir dinheiro nunca havia sido o forte de Nana, a única coisa que havia lhe dado dinheiro até hoje fora mesmo seu violino e sua voz, nenhum dos dois parecia ser útil naquele momento. Já havia trabalhado como garçonete em sua adolescência, mas o dinheiro ganho com isso era ilusório. Sabia lutar karatê e fazer primeiros socorros, sabia o bastante sobre mecânica e robótica para montar um robôzinho muito simples e também sabia fazer uma porção de origamis, nada realmente útil. A família de Nana era de origem simples, uma mãe solteira que já havia falecido, um pai que ela nunca conhecera, esse último até havia deixado algum dinheiro mas Nana já havia o gasto inteiramente para investir na banda, conhecia um pouco por cima sobre os negócios do falecido pai, mas definitivamente não queria se envolver, havia um motivo para que sua mãe tivesse fugido daquele homem.

- Er... - Ela se levantou com as mãos unidas à frente do corpo por pura apreensão e correu em passos pequenos até Corina e Alicia. - Eu quero ajudar, não sei como, mas eu quero. - Virou a face para a Reitora, que parecia mais do que ocupada e com muito tentando chegar até ela.

Após eu ouvir o chamado da Reitora,vou correndo em direção ao auditório,ao chegar na porta vejo um tumulto dentro do mesmo e penso :-Nossa,a coisa pelo jeito é séria !, e logo em seguida após eu entrar ouço a mesma falando do fechamento da universidade,após ouvir eu fico chocado com a notícia e questiono :-Como assim ? Isso jamais pode acontecer !,depois de me questionar,dou uma olhada ao redor do auditório e saio correndo atrás de colegas de República afim de oferecer ajuda e propor ideias !

Entro na sala e vejo toda a movimentação,  após me informar de tudo, penso em algumas coisas para dizer.

- Se vocês precisarem de algo, podem contar comigo, cortem as cabeças e não vai fechar nada não.

Me retiro e pixo os armários no corredor, com a seguinte mensagem " Price chupa dedo ". Vou para  outra festa, me divertir.

O borburinho aumentava no salão, ânimos exaltados, minha cabeça passava mil coisas, me levanto e corro até o palco, falo no microfone, mas ninguém me dá atenção, então eu grito.

-Silêncio!!!!

Todos olham assustados, respiro fundo, em tom irônico

-Obrigada... bom não adianta nada ficar de bla bla bla aqui, temos que nos mover... eu acho que deveríamos fazer um festival, Republica x República, o valor que arrecadarmos com a venda dos ingressos revertemos pra Universidade.

*abaixo a cabeça, algumas lágrimas nos olhos, suspiro*

-Foi tão bom conhecer todos vocês, vir morar na república, já tenho grandes recordações daqui, estamos chegando no fim do ano, vamos nos tornar veteranos.... ano que vem teríamos os trotes, as festas... eu não quero que tudo acabe. Posso contar com vocês? estão comigo?